Exposição 211 – O Derby de Outrora – Coletiva – 17.08.2011

Convite_email2_800x600Abertura:            17/AGO/2011 (Quarta-feira de 10 as 18:00h.)

Encerramento:    30/JUL/2011 (Quarta-feira as 18:00h.)

Artistas brasileiros nas técnicas de gravura, desenho, pintura e escultura integram essa exposição

O DERBY DE OUTRORA

Um percurso das Artes Visuais numa homenagem aos médicos-escritores Rostand Paraíso e Reinaldo de Oliveira, a empresária e antiga moradora do Derby Maria Digna Pessoa de Queiroz, ao poeta e professor César Leal e ao escritor e jornalista José de Souza Alencar (ALEX)

O DERBY DE OUTRORA

Jardins projetados no início do século, depois restaurados por Burle Marx numa atmosfera dos anos trinta, estátuas de pedras brancas imitando mármore e árvores seculares muitas delas trazidas da Amazônia entre outros atrativos, caracterizavam o período romântico da PRACA DO DERBY.

Do lado direito, canteiros de dálias e no centro esculturas que imitavam àquelas francesas do século XIX, além de um Orquidário e a Ilha dos Amores – uma espécie de pastiche dos jardins da casa de Claude Monet em Giverny. Defronte, casinhas conjugadas, outras enormes pertencentes às famílias tradicionais da época: os Ramiro Costa, os Lira da Silva, os Lima Cavalcanti, entre outros.

Do lado esquerdo, um parque para crianças onde Geninha da Rosa Borges junto ao Leão de Bronze tiraria um retrato célebre e o Lago do Peixe-Boi tão admirado por Maria Digna Pessoa de Queiroz, defronte da sua casa e circundado de plantas exóticas. Tudo isso era uma atração que denunciava a grandeza desse jardim do qual, hoje, temos reminiscência.

    Aos domingos, entre as duas praças, o Quartel da Polícia Militar, antigo mercado construído por Delmiro Gouveia e seus belos canteiros de hortênsias era o grande expectador diante de uma avenida arborizada; nas calçadas, banquinhos desenhando o ponto de encontro da juventude dourada da época, além da Retreta – a orquestra da Polícia Militar e o Cine–Clube de Alex que encantavam com música e literatura a juventude dos anos cinquenta.

Essa contradição de valorizar as pessoas pela “aristocracia” dos que frequentavam a praça, acreditamos não perdurar até certo ponto nos dias de hoje – esse tipo de poder foi substituído por modos de pensar e de saber de uma sociedade contemporânea.

Atualmente, encontramos vestígios de um tempo que já não existe mais, nem ninguém, até os românticos daquela época, parecem que mudaram de lugar; entretanto, jamais esquecerão onde namoraram e da convivência com pessoas que se distinguiam não pelo culto do dinheiro, mas, pela contribuição que deram a história e a cultura da sua cidade – o Recife aristocrático, sem a violência dos dias de hoje.

…“Ainda tem um pouco de verde que sempre estou a olhar

e velhas palmeiras  que parecem recordar

De apoiar minha viola, espreitar os namoros

E não “estarmos mais lá…”.

Nise de Souza Rodrigues

Recife, 07 de Agosto de 2011


artistas participantes

01 Abelardo da Hora (PE)
02 Adriana Alliz (PE)
03 Ana Silvestre (PE)
04 Anita Gueiros (PE)
05 Ascal (CE)
06 Augusto Rodrigues (PE)
07 Badida (CE)
08 Celina Lima Verde (RN)
09 Célia Bivar (PE)
10 César Albuquerque (PE)
11 Eliane Rodrigues (PE)
12 Fernando Lúcio (PE)
13 Flávio Gadêlha (PE)
14 Gil Vicente (PE)
15 Guita Charifker (PE)
16 Gutman Bicho (RJ)
17 Isa Pontual (PE)
18 Jéssica (PE)
19 Jobson Figueiredo (PE)
20 José Barbosa (PE)
21 José de Moura (PE)
22 Luciano Pinheiro (PE)
23 Maria Carmen (PE)
24 Maria de J. Costa (PE)
25 Maria de Lourdes Hortas (PE)
26 Maurício Arraes (PE)
27 Margot Monteiro (PE)
28 Mirella Cozzi (PE)
29 Montez Magno (PE)
30 Neuza Ester (PE)
31 Pigot (FR)
32 Ricca (PE)
33 Romero de Andrade Lima (PE)
34 Rosa Guerra (PE)
35 Sérgio Lemos (PE)
36 Sílvia Pantano (SP)
37 Solange Costa (PE)
38 Thina (PE)
39 Virgínia Colares (PE)

Apoio cultural: Liserve Vigilância, Vinhos Botticelli e Tia Dondon.

 

Deixe um comentário

Language »
× Fale conosco pelo WhatsApp?