Marcelo Peregrino

MARCELO PEREGRINO SAMICO

Assina: Marcelo Peregrino ou Peregrino 4Rio de Janeiro, RJ, 11/08/1964.

PINTOR E GRAVADOR

                A tendência de Marcelo para as Artes Plásticas originou-se na sua infância, através da convivência com o seu pai, o destacado artista Gilvan Samico.  Observar quotidianamente, no atelier, seu pai produzindo obras que se encontram hoje fazendo parte dos mais importantes acervos e coleções, levou-o ao entusiasmo de produzir com talento gravuras e pinturas, com temática voltada especialmente para as paisagens de Olinda.

                Guita Charifker escreveu: “Vi Marcelo começar a pintar. Penso que todo ser humano nasce criativo. Desenvolver esse potencial é uma questão de oportunidade, de vida. Marcelo teve essa oportunidade. nasceu dentro de um atelier. Seu pai o gravador Gilvan Samico e Célida, sua mãe, são artistas totalmente dedicados à arte”.

                “Da vivência de Marcelo com gravuras e pinturas, ao momento de passar a freqüentar um atelier ao ar livre, foi um longo aprendizado. Daí Marcelo começou a pintar com calma e com segurança surpreendentes”.

                “A sensibilidade é cultivada e o conhecimento é cumulativo. E Marcelo desenvolveu essa sensibilidade e acumulou conhecimentos. Sempre viveu cercado de arte. O desenho equilibrado e a aventura da cor foi uma curta e intensa experiência vivida por ele durante o atelier de campo, onde trabalhávamos juntos, ele, Samico, Célida e eu: Itamaracá, Vila Velha, arredores…  Marcelo é mais um jovem pernambucano a se juntar a nós, artistas que fazemos o nosso Estado ser respeitado e conhecido – a ascendente Escola Pernambucana, que, segundo José Cláudio, começou com os holandeses de Maurício de Nassau. Marcelo, viva “!

                Gil Vicente, em novembro de 1994, fez a seguinte crítica: (…) “Desenvolvendo seu trabalho, Marcelo tem forte atração pela imagem figurativa – representational, como dizem acertadamente os americanos, não limitando a denominação à figura e também escapando das confusões provocadas pelo termo ‘realista’. Com especial atenção para a paisagem, nos enquadramentos fechados ou em planos mais abertos, Marcelo vem revelando muita expressividade na interpretação do que observa ou imagina. A habilidade no artesanato da pintura lhe coloca mais perto do gesto e do impulso gráfico, sem desprezar o que merece detalhes, não havendo titubeios técnicos na execução dos quadros”.

                “As influências acontecem em Marcelo como no trabalho de todo artista jovem e sério: adquiridas na necessidade de referências, digeridas na dialética da assimilação e transformadas em aprendizado. E, com a bagagem e os recursos de que já dispõe, ele é justamente mais expressivo e intenso nos temas e trilhas pictóricas pessoais, criando atmosferas que atraem o espírito e oferecendo, já dentro da obra, densidade cromática, composições e ricos equilibrios de valores que conduzem com sensibilidade a fruição estética do espectador”.

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