100 anos Corbiniano

Segue até 30 de Março exposição em homenagem aos 100 anos de Corbiniano Lins

Exposição acontece no RioMar Recife

Devido ao sucesso desde a sua estreia, a exposição “100 anos de Corbiniano Lins – a festa” foi prorrogada e ficará em cartaz até o dia 30 de março/2024 no RioMar Recife, com acesso gratuito. O projeto celebra o centenário de nascimento de um dos mais importantes artistas negros da arte moderna e contemporânea de Pernambuco. Instalada na Praça de Eventos 2, localizada no Piso L1, a exposição conta com cerca de 80 obras de Corbiniano Lins, inclusive com 50 delas disponíveis para venda.


Cepe lança coletânea de livros sobre Augusto Rodrigues

Legado do caricaturista, artista plástico, educador, fotógrafo, jornalista e poeta pernambucano é relembrado em quatro publicações

Por Daniel Medeiros20/04/20 às 10H45 atualizado em 20/04/20 às 09H31

Caricaturista, pintor, desenhista, ilustrador, gravador, educador, fotógrafo, jornalista e poeta. Todas essas funções foram desempenhadas por um só homem: o pernambucano Augusto Rodrigues (1913- 1993), que construiu um legado através de suas obras e das ações de incentivo à cultura que encabeçou. As diferentes facetas deste artista de múltiplos talentos pode ser conhecida através de uma coletânea com quatro livros, que será lançada pela editora Cepe no dia 24 de abril.

Quem organizou as publicações e realizou todo o trabalho de pesquisa foi o jornalista, desenhista e fotógrafo Antônio Carlos Rodrigues, filho de Augusto. Há quase três décadas, ele luta para manter viva a memória do pai. “Evidentemente, se eu não tivesse realizado esse serviço de reunir tudo, uma hora ou outra o meu pai seria reconhecido na dimensão que ele tem. Mas demoraria muito tempo. Vi que eu teria que tomar uma ação e acho que fiz uma coisa muito importante para o Brasil. Tudo tem que ser colocado no seu devido lugar. Depois desse trabalho, acabei descobrindo que ele era muito mais genial do que eu mesmo imaginava”, afirma.

Cada um dos livros que compõem o box revela um pouco da trajetória de Augusto Rodrigues, seu acervo e sua atuação nas áreas da educação, da pintura, da fotografia e da caricatura. Primo do dramaturgo Nelson Rodrigues, o artista realizou sua primeira exposição individual em 1933, no Recife. No mesmo ano, começou a trabalhar como ilustrador e caricaturista no Diario de Pernambuco. Mais tarde, em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, mas nunca perdeu sua relação com a terra natal. Foi através dele que a arte de Mestre Vitalino foi revelada para o País, quando em 1947 organizou a Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana, na Biblioteca Castro Alves do Instituto Nacional do Livro (RJ).

As charges e caricaturas de Augusto estamparam as páginas de alguns dos veículos de imprensa mais relevantes do Brasil, como a revista O Cruzeiro e o jornal O Estado de São Paulo. Seu trabalho ganhou especial destaque durante a Segunda Guerra Mundial. Ao retratar o ditador alemão Adolf Hitler, ele combatia o autoritarismo com humor, sendo publicado em rede nacional. “Ele usou a arte dele para lutar contra o nazismo e foi uma pessoa muito importante nesse aspecto. Talvez, uma das que mais fortemente atuou nesse período”, comenta. Esse lado da carreira do pernambucano é retratado no livro “Augusto Rodrigues, Caricaturista” (245 páginas), que conta com prefácio de jornalista José Hamilton Ribeiro e mais de 150 imagens entre fotos, registros jornalísticos e desenhos produzidos entre 1931 e 1993.

O livro “Augusto Rodrigues, Artista” (181 páginas) destaca a obra do pernambucano e suas iniciativas ao lado de outros grandes nomes das artes visuais, como Cícero Dias, Di Cavalcanti, Segall, Portinari, Francisco Brennand e Lula Cardoso Ayres. “Augusto Rodrigues, Educador (109 páginas)” mostra sua preocupação com a formação de novos artistas. Em 1948, ele fundou a primeira Escolinha de Arte do Brasil, no Rio. Mais tarde, em 1953, criou a Escolinha de Arte do Recife, que segue em funcionamento. A relação dele com o Largo do Boticário, recanto histórico da capital fluminense, para onde se mudou nos anos 1950, está exposta nas fotografias do livro “Augusto Rodrigues, Fotógrafo” (149 páginas), que revelam cenas do cotidiano no bairro.

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