Montez Magno, artista intermídia pernambucano, morre aos 89

É com pesar que informamos a morte do grande artista pernambucano Montez Magno.

Montez era pintor, escultor, artista intermídia, escritor e ilustrador.
Estuda desenho e pintura, entre 1953 e 1966. Em 1957, realiza sua primeira exposição individual no Instituto dos Arquitetos do Brasil, em Recife. A partir de 1960, publica artigos e pesquisas sobre arte em jornais brasileiros.
Várias de suas obras passaram aqui pela Rodrigues Galeria de Artes.

“Montez era um homem de rara sensibilidade, era grande amigo, irmão, estou arrasado.” declarou o artista plástico Sergio Lemos.

Memória Rodrigues Galeria de Artes

Rodrigues Galeria de Artes sedia exposição coletiva

“Paisagem Brasileira” reúne obras de 35 artistas com estilos e técnicas diferentes

A Rodrigues Galeria de Artes sedia, a partir desta terça-feira (19), a exposição coletiva “Paisagem Brasileira”. A mostra reúne obras de 35 artistas com estilos, técnicas e efeitos cromáticos confrontantes.

Os expositores buscam expressar, cada um ao seu modo, uma evocação do panorama brasileiro. Entre eles, os pernambucanos Abelardo da Hora, Adriana Alliz, Ana Silvestre, Augusto Rodrigues, Cavani Rosas, Célia Bivar, César Albuquerque, Eliane Essinger, Eliane Rodigues, Fernando Lúcio, Flávio Gadêlha, Ionaldo, Isa Pontual, Jéssica, Jobson, José Barbosa, José de Moura, Lenira Regueira, Luciano Pinheiro, Margot Monteiro, Maria de Jesus Costa, Mirella Cozzi, Queralt Prat, Ricca, Romero de A. Lima, Sérgio Lemos e Sílvia Pântano. Armínio Pascual, do Rio de Janeiro; Ascal, do Ceará; Rubens Sacramento, da Bahia; Celina Lima Verde, do Rio Grande do Norte; Sansão Pereira, do Acre; Pigot, da França; e Mecatti, da Itália, também integram o time de artistas.

Paisagem Brasileira

Curadoria: Augusto e Nise Rodrigues

De 19 de junho (Vernissage às 20h) a 15 de julho 2102

Segunda à sexta (10h às 19h), sábado (10h às 17h) – com intervalo para almoço

Rodrigues Galeria de Artes (rua Othon Paraíso, 430, Torreão, Recife-PE)

Gratuito

Informações: 3241-3358 / 8690-7602 / 9674-7162

http://www1.leiaja.com/cultura/2012/06/18/rodrigues-galeria-de-artes-sedia-exposicao-coletiva/

Jornal do Commercio Recife – 28.11.2000

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ARTES PLÁSTICAS
Corbiniano desafia o equilíbrio com suas mulheres esguias e ousadas

Antes de passar para o metal, Corbiniano modela suas mulheres em isopor e só depois passa para o alumínio, mais fácil de retocar. Ele desafia qualquer um a descobrir emendas nas obras

por LUIZ JOAQUIM

Especial para o JC

Novas formas de sensualidade feminina esculpidas por Corbiniano Lins, e novas pinceladas delicadas de Lenira Regueira sobre a cultura pernambucana surgem hoje para o público. Na exposição Cores e Volumes, que a Rodrigues Galeria de Arte inaugura às 19h, Corbiniano apresenta 15 peças de alumínio unindo rusticidade à elegância de suas mulheres esguias e ousadas. Já Lenira, recorre ao óleo sobre eucatex em 18 quadros, para transpor os folguedos, as paisagens e o povo de sua terra.

Mais uma vez Corbiniano Lins (ou CL, como, por vezes, assina) concebe crias esculturais multiformes, com possibilidade múltiplas de apreciação, usando o corpo feminino como tema principal. Anatomicamente, suas obras têm disfunções, mas o interesse do artista não está no classicismo e sim no desafio de experimentar os limites da gravidade. Se em uma mesma peça ele apresenta três possibilidades distintas de pôr a escultura de pé, em uma outra ele exibe curvaturas impossíveis de serem flexionadas por qualquer atleta, mas que compõe uma beleza pictórica singular em seu trabalho.

Antes de passar para o metal, Corbiniano modelou suas mulheres em isopor. Só depois de terminada ele passou para o alumínio. “O alumínio é mais leve, e se for preciso retocar, basta usar sua própria limalha do metal, que não revela as correções”, diz o artista septuagenário, que desafia qualquer um a descobrir emendas nas obras.

Presente em mais de meio século da história das artes plásticas em Pernambuco, Corbiniano iniciou seu apreço pela arte ainda estudante da Escola de Aprendizes Artífices de Pernambuco, (depois, Escola Técnica e, hoje, Centro de Formação Tecnológica de Pernambuco). O autor do Troféu Cristina Tavares de Melo de Jornalismo, exerceu importante papel em 1952 no cenário artístico local quando, junto a Abelardo da Hora, Reynaldo Fonseca, Samico e Celina Lima Verde, entre outros, compunha a Sociedade de Arte Moderna do Recife.

IGUALDADE – Lenira Regueira gosta de deixar claro que a força-motriz que impulsiona suas criações é a emoção. Encantada pela explosão de cores e movimentos do folclore nordestino (em particular o revelado no Carnaval), esta senhora dedicou boa parte da exposição a ícones do gênero, como o bumba-meu-boi, o maracatu, e os folguedos infantis. “O Carnaval é fascinante não só por sua beleza visual, mas por ser uma festa igualitária, livre de distinção de classe”, diz a artista, a respeito de sua maior fonte de inspiração.

Também em Cores e Volumes, Lenira explora, com doçura e leveza, a a ingenuidade e inocência de crianças felizes, sempre envoltas por uma flora exuberante. “A presença constante da natureza é um reflexo do lugar onde moro: um sítio com árvores centenárias”, explica.

Dentro do traços figurativos com tendência impressionista, ainda há espaço para a artista retratar o Rio Capibaribe, a Igreja de Jaguaribe, em Itamaracá, a Igreja de São Pedro, em Olinda, e a paisagem da Enseada dos Golfinhos, entre outros pontos marcantes do Estado.

Serviço

Vernissage da exposição Cores e Volumes, de Corbiniano Lins e Lenira Regueira Rodrigues Galeria de Arte, Rua Prof. Othon Paraíso, 430. Torreão. Fone: 241.3358. Até 12 de dezembro. Visitação: de segunda a sexta, das 10h às 12h, e das 14h às 19h. No sábado, das 10h às 17h.

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