Alcides Santos (PE)

Alcides Santos (PE)

ALCIDES SANTOS (PE)
Assina: A. SANTOS

Recife, PE, 1945. – 2008.+
PINTOR

Autodidata. Começa a pintar em 1969, com o estímulo do pintor pernambucano Antônio Cavalcanti que o inicia na utilização das tintas a óleo. Obteve o 3º Prêmio do Salão dos Novos, promovido pelo Museu de Arte Contemporânea de Olinda. Em 1974, conquista o Prêmio de viagem ao Peru, no I Salão de Arte Global, acontecido no MAC/Olinda e no ano seguinte, o Prêmio “Seqüiscentenário de Pernambuco”, no II Salão de Arte Global, na Casa da Cultura. Sua temática é religiosa, mas sempre enfatizando a flora e a fauna do Nordeste. Realiza várias exposições (individuais e coletivas), além de participar de Bienais e Salões.
Olívio Tavares de Araújo escreveu: “Refletindo com precisão o instinto mágico deste pintor do Nordeste, não há dúvida de que sua arte reflete mundos ameaçadoramente profundos e insondáveis. Quanto mais antigas, mais suas obras se mostram atormentadas e sombrias. E mesmo nas mais novas, sobrevive a fantasia que povoa os fundos dos quadros e – sob o ponto de vista pictórico – lhes fornece a parte mais fascinante. Refiro-me é claro, a esses peixes-pássaros, animais de uma fauna inexistente, muitas vezes bicéfalos, com uma cabeça em cada ponta do corpo, e às formas amebóides soltas ao acaso no espaço, e aos signos arquétipos – estrelas, mandalas, serpentes – , e vegetações esfuziantes que parecem animadas, organismos híbridos onde uma corola pode se transformar em caranguejo, e toda uma infinidade de símbolos fálicos, disseminados pelos quadros” (…).
Joaquim Cardozo registrou: “A pintura de Alcides ‚ rica de invenções, de transformações das coisas e dos seres em outras formas inteiramente absurdas;… Alcides Santos é pintor para ser estudado com mais vagar e atenção, dentro do campo de sua classe ou categoria, ser estudado como um criador de universos” (…).
Roberto Pontual disse sobre seu trabalho: (…) “Nela os elementos de destaque estão no retorno a iconografia da infância, mesclada de contínuas referências transfiguradas à flora nordestina. Por sua vez, a fauna, que se inclui nesses ambientes de sonho ou de alucinação, em meio a árvores nuvens brotando de solos ardentes, dispõe de uma típica característica fantástica, como exercício do realismo mágico, tão aproximado da própria arte genuinamente popular. Vale ainda observar o cuidado com o que ele busca prover de texturas tênues e superfície de cada um de seus trabalhos, ampliando com elas a impressão de voluptuosos volumes”.
Hermilo Borba Filho afirmou: “Esses novos quadros, lembram-me de imediato certas iluminuras medievais e ícones russos, ligados à arte bizantina, caídos na pintura de Alcides Santos que, sendo do Nordeste, absorve o que de herança pode receber na Península Ibérica… na sua realidade imaginada, bichos e santos, folhagens e homens árvores, símbolos fálicos e bestiário atestam a marca da região em que o fantástico ‚ comumente encontrado a cada dia e a cada passo, com Alcides Santos convivendo com ele”.
PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: 1971: GALERIA DO ROSÁRIO, RECIFE, (PE) 1973: ATELIER DE AUGUSTO RODRIGUES, RIO DE JANEIRO, (RJ) 1976: GALERIA IPANEMA, RIO DE JANEIRO, (RJ) 1979: RANULPHO GALERIA DE ARTE, SÃO PAULO, (SP).
PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES COLETIVAS: 1972: PALÁCIO DO ITAMARATY, “ESPÍRITO CRIADOR DO POVO BRASILEIRO”, BRASÍLIA (DF) MAC/PE, “I SALÃO DOS NOVOS”, OLINDA (PE) 1973: GALERIA COLLECTIO, “ARTE BRASIL HOJE/50 ANOS DEPOIS”, SÃO PAULO (SP) RANULPHO GALERIA DE ARTE, “MOSTRA FRANCISCANA”, RECIFE (PE) 1974: MAC/PE, “I SALÃO DE ARTE GLOBAL” – PRÊMIO DE VIAGEM AO PERU, OLINDA (PE) MAM, “XXIII SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS”, RIO DE JANEIRO (RJ) 1975: CASA DA CULTURA, “II SALÃO DE ARTE GLOBAL”, PRÊMIO SESQÜICENTENÁRIO DE PERNAMBUCO, RECIFE (PE) 1976: SALÃO NACIONAL, RIO DE JANEIRO (RJ) 1977: PAÇO DAS ARTES, SÃO PAULO (SP) “I BIENAL LATINO AMERICANO”, SALA ESPECIAL, SÃO PAULO (SP) 1985: PALÁCIO DOS GOVERNADORES / P.M.O., “A VERTENTE DOS SONHOS”, OLINDA (PE) MUSEU DE ARTE BRASILEIRA/ FAAP, “ARTISTAS DE PERNAMBUCO – ACERVO MAC/PE”, SÃO PAULO (SP) 1986: MAC/PE / CCPE, “XXIX CONGRESSO COTAL (MOSTRA OBRAS DO ACERVO)”, OLINDA (PE) 1988: CENTRO CULTURAL QUIRIRI, “MOSTRA COLETIVA”, SÃO PAULO (SP) MUSEU MAX FOURNY, “MOSTRA INTERNACIONAL”, PARIS (FRANÇA) 1988/89: PAÇO DAS ARTES, “O MUNDO FASCINANTE DOS PINTORES NAIFS”, RIO DE JANEIRO (RJ)

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