Aldemir Martins (CE)

Aldemir Martins (CE)

ALDEMIR MARTINS

Nasceu em Ingazeiras, no Vale do Carirí, CE, em 8 de novembro de 1922 e, faleceu em São Paulo, SP, em 6 de fevereiro de 2006.

Artista plástico brasileiroilustrador, pintor e escultor autodidata, de grande renome e fama no país e exterior.

Sua habilidade para o desenho logo se revelou. No Colégio Militar de Fortaleza onde estudava, foi indicado orientador artístico da classe. No exército (1941-1945), além de desenhar o mapa aerofotogramétrico de Fortaleza, conquista seu primeiro prêmio como artista num concurso promovido pela Oficina de Material Bélico da Décima Região Militar, sendo nomeado Cabo Pintor. Convivia com Mário Barata, Barbosa Leite, Antônio Bandeira, João Siqueira, entre outros pintores, poetas e escritores locais. Participa da fundação do Grupo Artys e dá SCAP – Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, trabalhando também como ilustrador de jornais, livros e revistas.

Deixou o Ceará em 1945,  indo para o Rio de Janeiro onde já morava Antônio Bandeira e no ano seguinte transferiu-se definitivamente para São Paulo. De 1960 a 1961 residiu em Roma, para logo retornar ao Brasil definitivamente.

Aldemir participou de diversas exposições no país e no exterior,

Seus traços fortes e tons vibrantes imprimem vitalidade e força tais a sua produção que a fazem inconfundível e, mais que isso, significativa para um povo que se percebe em suas pinturas e desenhos, sempre de forma a reelaborar suas representações. Aldemir Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a gente do Brasil são os seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos, cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas de uma cultura. Por isso mesmo, Aldemir é sem dúvida um dos artistas mais conhecidos e mais próximos do seu povo, transitando entre o meio artístico e o leigo e quebrando barreiras que não podem mesmo limitar um artista que é a própria expressão de uma coletividade.

De 1956 a 1975, foi detentor dos seguintes Prêmios: “Melhor Desenhista Internacional” na XXVIII Bienal de Veneza; 1968, “Melhor Desenhista”, escolhido por um júri de críticos europeus, na Galerie Rive Gauche, Roma e Paris; 1971, “1º Prêmio de Desenho”, outorgado pelo Clube do Futebol da III Bienal Internacional do Esporte nas Belas Artes, em Barcelona; 1975,  “Medalha de Ouro”, na I Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, Tókio.

Além dos Prêmios Internacionais, é detentor de uma imensa lista de importantes prêmios nacionais entre os quais recebeu a Comenda da Ordem do Rio Branco, outorgada pelo Governo.

 

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