Antão (PE)

Antão (PE)

ANTÃO ALVES DOS SANTOS
Assina: ANTÃO ou ANTÃO ALVES. Serra Branca, PB, 30/12/1966.
ESCULTOR

Filho de uma ceramista com um pecuarista de quem herda o nome ANTÃO e o adota como nome artístico, na infância tem contato com utensílios feito pela mãe, batendo tijolos em olarias.
Vindo ao Recife pela primeira vez em 1975, onde mora durante um ano encanta-se pelos arrecifes e o mar. Retornando à Sumê/PB, onde reside sua família e logo em seguida parte para São Paulo/SP onde conclui o ano letivo da primeira série aos 11 anos de idade. Nesta época estuda, trabalha em outras atividades.
1981: Retorna ao Recife e trabalha com o escultor JOBSON FIGUEIREDO, com quem permanece pelo período de sete anos. Considera o espaço como uma grande escola e começa a produzir seus primeiros trabalhos.
1986: Envia seus primeiros trabalhos ao Salão dos Novos do MAC, em Olinda, sendo desclassificado por um dos jurados que alega ser o trabalho de maior maturidade que a capacidade do concorrente. O artista não indicou na inscrição que tinha a experiência de cinco anos em atelier.
1988: É classificado no Salão do ETEPAM.
1989: É agraciado com o Prêmio Bibiano Silva, numa homenagem da Associação dos Artistas Plásticos de Pernambuco.
1990: Tem trabalhos em exposição para vendas na Rodrigues Galeria de Artes e na Patrimony, no Recife, e na Performance Galeria, em Brasília.
1991: Participa na exposição “Esculturas na Praça”, em Recife, junto a grandes artistas tais como; Abelardo da Hora, Alex Mont’Elberto, Jorge Alberto e outros. Executa fundição nas técnicas de fibra de vidro e resina para os artistas João Paulo, Maurício de Castro, Ronaldo Câmara e Cavani Rosas (este último tido como seu gnomo, diante das informações que este o passou).
1993: Trabalha no Setor de Arte da Pré-Gêsso, onde produz formas em fibra de vidro e borracha de amônia, com o objetivo de desenvolver em cimento, objetos em escala industrial com design de Cavani Rosas, chegando a produzir os vasos e as fontes do Shopping Center Guararapes.
1994: Toma parte no concurso Esculturas em Areia, na praia de Boa Viagem, promovido pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes. Participa da mostra durante a Semana de Comunicação da Primeira DIRES, com os artistas Max de Castro (escultor) e Wilson Mota (pintor e historiador).
1996: Participa de Exposição Individual com obras em mármore reconstituído, cimento e resina na Galeria Baobá da Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.
1997: Participa da mostra coletiva “Traço e Volume”, uma homenagem aos 100 anos de Joaquim Cardozo, na Rodrigues Galeria de Artes.
1999: Participa da exposição coletiva “Ano 2000”, na Rodrigues Galeria de Artes.

O escultor Cavani Rosas, afirmou: “A força da técnica e o desenvolvimento do trabalho de Antão, demonstram que a percepção do artista possui um desenvolvimento que nos leva a crer que a arte pernambucana tem um espaço garantido na história da arte brasileira. Movimentos inquietantes levam o observador a um envolvimento inconsciente na proposta metafísica do trabalho desse artista”.
Jobson Figueirêdo, em Janeiro de 1996, escreveu: “Falar de Antão retrata todo um envolvimento, um carinho e uma esperança naquele que, diz-se afetuosamente, é cria da casa. Sua experiência, sua vivência com vários tipos de materiais: madeira, resina de poliéster, fibra de vidro, etc. asseguram a diversidade de recursos. Esta multiplicidade de meios, formas e materiais, garantida pelo domínio técnico, traz, ao mesmo tempo, a consciência do aprendizado de quem sempre busca a perfeição e a constante renovação. Antão com sua persistência, sua garra, seu aprendizado, conseguirá, sem dúvida, produzir cada vez mais, com esmerado acabamento e, num futuro próximo, atingirá uma linguagem sua”.

BIBLIOGRAFIA
RODRIGUES GALERIA DE ARTES. Arquivo de Pesquisa, Recife, 1999.

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