J C Viana (PE)

J C Viana (PE)

JOSÉ CARLOS GOMES VIANA
Assina: J.C.VIANA Olinda, PE, 29/04/1947. – 26/08/2019

PINTOR, DESENHISTA, GRAVADOR E ESCULTOR.

Em 1963, fez o curso de Desenho Artístico na Escola Técnica Federal de Pernambuco, sob a orientação de Luiz Notari. Em 1966, inicia seu aprendizado na Pintura, freqüentando ateliês de artistas em Olinda. Em 1969, estréia no “XXVIII Salão Anual de Pintura”, promovido pelo Museu do Estado de Pernambuco. Em 1974, realiza sua primeira mostra individual na Galeria 3 Galeras, em Olinda, viajando em seguida para os Estados Unidos da América do Norte, onde cursa Pintura na Corcoran School of Art. No ano seguinte, realiza em Washington, mostra individual e, toma parte em mostras coletivas. Em 1977, de volta ao Brasil, participa com o Grupo americano “The Bird and the Dirt”, do “Sé Ritual 77”, em Olinda, com apoio da Fundarpe. De 1977 a 1978, aprende litografia com João Câmara, no atelier de Campo Grande. Em 1978, integra a exposição de artistas pernambucanos na Galeria Paço das Artes, em São Paulo e, como membro fundador, ocupa a presidência da Oficina Guaianases de Gravura (OGG). Neste mesmo ano, lança o álbum de litografias na Galeria Abelardo Rodrigues, no Recife e, recebe prêmio no “XXXI Salão Oficial de Arte de Pernambuco”, com trabalho em Desenho. Em 1981, viaja para Inglaterra, onde permanece até 1984. Durante esse período vem ao Brasil, realizando duas exposições individuais no seu atelier em Olinda. No ano seguinte, é agraciado com o Grande Prêmio no VIII Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará. Em 1993, assume da Secretaria da fundação de Cultura da Prefeitura de Olinda e em 1997, como diretor-presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife.
Em 1980, Mário Barata escreveu: “(…) A técnica é mista. Todavia ao lado do traço e do manejo de volumes com lápis de cor ou preto, é a aquarela que permite ao José Carlos um virtuosismo de beleza evidente. A simultaneidade de campos de ação em um mesmo desenho, em seus retângulos somados, é o que produz a força mais nova nesta arte de um pernambucano que vem se destacando na “Guaianases” e em mostras e atividades pessoais. Com ele, define-se mais um valor no Nordeste, embora os temas da região não sejam freqüentes em sua obra, na qual, porém, a figura de Lampião em um desenho assume um vigor especial, pela confluência de três bustos à lápis de cera e a cabeça imensa submergida no espaço de aquarela, comprovando que o monumental em arte, não depende do tamanho, mas das proporções. É uma proporcionalidade nova que José Carlos Viana talvez esteja trazendo ao Recife”.
Ruy Sampaio registrou: “(…) Retomada de uns desenhos/estudos de 77, quando o artista voltava de dois anos de vivência na escola Norte-Americana, esses engenhosos momentos da carne são, mais que inventos, documentos. Documentam enquanto podem a autenticidade de uma linguagem: conviver com a vanguarda internacional, diretamente em uma de suas mais diversificadas fontes, guardando seu vocabulário pessoal dos maneirismos e das afetações aí vigentes.”
Os profetas da Escola de Nova Iorque decretavam, há mais de duas décadas, a morte da pintura dita de cavalete e nomeavam para sucedê-la, a arte alocromática, o ludo-objeto, a arte aleatória, a arte serial, a antiarte “etal”. Vendo o trabalho de um artista como José Carlos Viana, alimentado nas telas dessa loba cibernética, vem o quanto a pintura em duas dimensões, a pintura ´tout court`, ruidosamente deposta pela palavra de ordem de seus infalíveis Rômulos e Remos, está, ao contrário, viva e sadia” (…).

Um dos seus últimos trabalhos foi com a participação na abertura da mostra Olinda, A cidade dos artistas, realizada em agosto no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa. A exposição celebrou sua obra junto às de outros artistas olindenses como Amélia Couto, Antônio Mendes, Antônio Paes e Ismael Caldas.

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