Marcos Medeiros (PE)

Marcos Medeiros (PE)

MARCOS ANTÔNIO MEDEIROS DA SILVA

Assina: MARCOS MEDEIROS – Ipatinga, MG, 11/11/1966.

Artista Plástico, pintor, ceramista, gravurista, escritor.

Autodidata, iniciou-se na pintura quando contava com 12 anos, esculpindo também em cerâmica e granito. A partir de 1985, começa a participar de exposições individuais e coletivas, numa trajetória ascendente de aprimoramento do seu trabalho, levando-o a obtenção do sucesso.  Integra-se em 1993 ao grupo de artistas do qual fazem parte Aldemir Martins, Gil Vicente, Siron Franco, Edvaldo Medeiros, Alberto Kaplan, José Cláudio, entre outros, produzindo peças cerâmicas.

José Cláudio, em 20/10/91, escreveu: (…) “Sua pintura lembra um pouco o que acontece com as feiras dos municípios, em que em vez de mostrar suas riquezas – ou pensando mostra-las – os municípios expõem ingenuamente sua indigência. No caso de Marcos Medeiros deve ter sido uma escolha a adoção dessa crueza, dessa exiguidade de meios, como retórica – no sentido próprio de “arte de bem falar”, digo -; em vez de pobreza, luxo; ou pobreza como requinte, busca da linguagem mais adequada para tratar de determinado assunto”.

“Aí estão suas inspiradoras musas ipojucanas, a busca de arquétipos, os nomes que talvez somente em quem tenha sido de lá  encontre eco: a Cacimba do Vigário (de lá vinha a água de beber, trazida no jumento na lata de querosene, coada com um pano na boca da jarra; pergunto se ainda tiram água e diz que sim, quando falta a água da rua). Vejo as casas de Ipojuca. O pintor pagou cerveja para pintar as moças da Boate Besta Raspada. O Convento: acho que só pintei quando menino com lápis de cor na escola.  Fugindo do tom geral, um bonito quadro: “Rosinha”, 28×46, cor de barro (nunca perder a valentia de pintar com modelo).  Através dos quadros, as relações sociais, as personagens de um “roman à clef”.  Também a sagração do dia a dia, carregando água da cacimba uma Madona com uma menina, ou Sant’ Ana, nossa Senhora e Santa Isabel.  Ele fez de imaginação, mas me informa de que em Ipojuca tem xangô – o xangô do Carapeba -, de onde não sei se essas baianas foram tiradas (no meu tempo só tinha as de maracatu).  Ainda tem a banda de pífanos do Engenho Pindoba, mais descontraída, parece.  De repente um tema grato aos corações acadêmicos, uma “morte de Moema” ou qualquer coisa desse tipo.  Retratos ipojucanos: a moça na janela.  O sol quente estilhaçando todos os quadros. Pergunto-me se esses brancos deixados da própria tela serão influência minha como sempre me assinala em quadros de outros pintores daqui, ou do sol de meio-dia de Ipojuca, quando o sino fino bate – ou batia – antes do grosso e parece que é o sol que tine e quando o único anteparo era a cajazeira no fim da rua da cadeia, que há  muito tempo cortaram e o pintor certamente não alcançou. Do meu ponto de vista pessoal, Marcos Medeiros me tira um peso do coração, pintando os quadros que eu, ipojucano, deixei de pintar”.

Socorro Carrilho, em 12/87, publicou: “(…) Expressionista em seu estilo, o pintor já teve diversos convites inclusive de Secretários de Cultura, para ensinar sua arte. Mas o artista prefere continuar pintando e crescendo em suas criações, sempre inspiradas na pobreza da região nordestina”. (…)

Membro da “Société Académique des Arts, Sciences et Lettres, fondée en 1915, couronnée par l’Académie Française”, Medalha de Prata em 2010.

Participou de vários Salões de Artes no Brasil e exterior inclusive no Salon des Beaux Arts, Carrousel du Louvre, em Paris no ano de 2010.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: 1986: A VARANDA, IPOJUCA (PE) 1987: CASA DA CULTURA, “O IMIGRANTE”, RECIFE (PE) 1990: PREFEITURA MUNICIPAL, “NU”, IPATINGA (MG); BANCO DO BRASIL (AG.CENTRO), “SONHOS”, SALVADOR (BA) 1991: GALERIA ARTE 2, “O PINTOR DE IPOJUCA”, RECIFE (PE) 1993: – RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “A PARTIR DOS MESTRES”, RECIFE (PE).

COLETIVA: 2022: XXI EXPO DE ARTES DO IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira) / FAF (Fundação Alice Figueira); MUSEU DO ESTADO DE PERNAMBUCO, Recife (PE)

PRÊMIOS: 1991: 1o. LUGAR – CONCURSO DE CARTAZES DO 1o. FENATECA. CABO, (PE).

PAINÉIS: l CONVENTO FRANCISCANO DE IPOJUCA, “O NICHO DA SANTA ROUBADA”, IPOJUCA (PE) l RESTAURANTE CACHINAUÁ, “NATUREZA MORTA COM PÁSSAROS”, GAIBÚ, CABO (PE) l MARUPIARA PRAIA HOTEL, “VISTA DO MARUPIARA”, PORTO DE GALINHAS, IPOJUCA (PE) l HOTEL VILLAGE, “AS SENHORAS DE PORTO”, PORTO DE GALINHAS, IPOJUCA (PE) l EDIFÍCIO VALE DO CAPIBARIBE, “VALE DO CAPIBARIBE”, RECIFE (PE) l RESTAURANTE CACHINAUÁ, “CARANGUEJOS AZUIS”, GAIBÚ, CABODE STº AGOSTINHO (PE) l RESTAURANTE BEIJUPIRÁ, “QUITANDA DA DRI”, PORTO DE GALINHAS, IPOJUCA (PE).

fonte- Rodrigues galeria pesquisas 2021

Nenhum produto foi encontrado para a sua seleção.
Language »
× Fale conosco pelo WhatsApp?