Sílvio Malinconico (PE)

Sílvio Malinconico (PE)

SILVIO MALINCONICO
Assina: SILVIO MALINCONICO ou MALINCONICO Serra Talhada, PE, 11/02/1947.
DESENHISTA, PINTOR E GRAVADOR.

Fixou-se com sua família no Recife quando menino, voltando-se já, nesta época, para o desenho a lápis cera.

Por volta dos 8 anos de idade, foi visitar a sua família paterna no Rio de Janeiro, onde permaneceu por quatro anos, ficando entusiasmado com os trabalhos de sua tia (pintora), aprimorando-se com a mesma na técnica do desenho. Voltando à Recife, dedica-se totalmente às artes plásticas.

Em 1962, monta junto com Lula Côrtes, um Atelier no Colégio Americano Batista, para produzir pinturas.

Em 1964 com Jairo Arcoverde, monta um Atelier na Avenida Conde da Boa Vista, produzindo obras entalhadas em madeira e pinturas.

Em 1969, ingressa na Escola Técnica Federal de Pernambuco, para fazer o Curso Técnico de Arquitetura e na Escola de Belas Artes da UFPE, para fazer os Cursos de Pintura, Modelagem, Pirogravura, Gessogravura, Programação Visual e Arte Gráfica.

Em 1971, conclui o Curso Técnico de Arquitetura, na Escola Técnica Federal de Pernambuco. Neste mesmo ano, é agraciado com o prêmio de Primeiro Lugar no I Concurso de Manchas, realizado no Alto da Sé, em Olinda e, promovido pela Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura Municipal do Recife.

Em 1979 integra-se ao grupo para a fundação da AAPP-Associação dos Artistas Plásticos Profissionais de Pernambuco.

Em 1982 funda junto com Aprígio, Eudes Mota e Frederico, com ingresso posterior de Plínio Palhano, o Ateliê de pintura na Avenida Beira Mar, 751 – em Olinda. Participa ainda da Brigada Portinari, expondo painéis no Recife, Olinda, Caruaru, Palmares e Itamaracá.
Obteve o Prêmio Aquisitivo com a obra “Burrinha” (Companhia Souza Cruz), no XXXV Salão de Artes Plásticas do Museu do Estado de Pernambuco, cuja Comissão Julgadora foi composta por Montez Magno, Wellington Virgolino, Paulo Azevedo Chaves, Allberto Beuttenmuller e Paulo Sérgio Duarte. Na Galeria Lula Cardoso Ayres com o tríptico “As cartas do tarô”, foi agraciado com o Prêmio Aquisitivo. Em 1984 recebe o Prêmio Nominal Telles Junior no XXXVII Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, com o conjunto de três obras da série “Darwinismo”.

Em 05 de julho de 1979, Wellington Virgolino ilustrou um convite de Malinconico com a seguinte crítica: (…) “E vi surpreso e maravilhado, os trabalhos atuais. De um suporte granulado, áspero e absorvente, partindo de um fundo escuro que iria permanecer até a última etapa do trabalho como delineador, Malinconico com pinceladas rápidas e fortes, dava vida a figura vigorosa e iluminada.
Aí se percebe a segurança do artista que finalmente se encontra e talvez se realize, em desprezar toda uma experiência passada. Arrancadas das sombras, as musculosas e coloridas formas humanas são jogadas num mundo de beleza e vibração. Este Malinconico atual, que ninguém conhecia, certo do que faz e coerente com tudo que fez. Mas sua insaciável vontade de inventar, descobrir, não ficará aí, dá mostras de que precisa de planos maiores. Suas construções e manchas largas já exigem, viajam e transpõem as fronteiras do pequeno quadro de cavalete. Saltarão para o espaço, para a parede… – ‘Malinconico é, ou será, um Muralista Maior! ` E, ele sabe disso”.

Em outubro de 1998, Delima Medeiros registrou: (…) “Estamos diante de obras de grande formato na maioria monocromática ou de cromatismo parcimonioso com uso simbólico da cor. A representação da aparência visiva das coisas já não interessa tanto ao artista, que se esquiva com elegância dos apelos tradicionais geralmente presentes na relação tela, tinta, pincéis. A pintura, como cosa Mentale, evita ser descritiva, sendo na sua essência abstrata e aberta.
O artista busca singularidade na comunicação e se nem todos possuem o código para a necessária decodificação existe sempre a chamada cumplicidade entrópica. Sem transgressões ou rupturas (os quadros são bem comportados), contudo sem caretice ou conservadorismo antiquado. Sílvio Malinconico usa a sua intuição para realizar uma obra pictórica absolutamente coerente com o seu modo de ver e sentir as coisas, uma possível cosmovisão que o deixe gratificado”.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: 1969: GALERIA CORDEL, “CASARIOS”, RECIFE (PE); GALERIA BEATRIZ CALÁBRIA, RECIFE (PE) 1971: EMPETUR, (com apresentação do prof. Laerte Baldini), RECIFE (PE) 1972: LOJA TOBBY, RECIFE (PE) 1973: TRANSATLÂNTICO ANA NERY, RECIFE (PE) 1975: GALERIA OFFICINA, “MINI-QUADROS”, RECIFE (PE) 1979: GALERIA ITINERÁRIO, “MULHERES E CORDÕES”, RECIFE (PE) 1982: MAC/PE, “HOMEM, MITO & MAGIA”, OLINDA (PE) 1983: GALERIA 3 GALERAS, OLINDA (PE) 1984: ABB/PE, “DARWINISMO”, RECIFE (PE) 1987: CASA DA CULTURA DE SERRA TALHADA, “INAUGURAÇÃO”, SERRA TALHADA (PE) 1998: RESTAURANTE LUAR DE PRATA, “OBRAS RECENTES”, OLINDA (PE).

EXPOSIÇÕES COLETIVAS: 1967: GALERIA OFICINA 154, “ARTE E POESIA”, OLINDA (PE) 1969: TEATRO DO PARQUE, “CONCLUINTES DA ESCOLA DE ARTES DA UFPE”, PRÊMIO AQUISIÇÃO: CASA DO ARQUITETO, RECIFE (PE) 1970: ETFP- ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE PERNAMBUCO, “I MOSTRA DE ARTE”, PRÊMIO DE 1º LUGAR EM PINTURA, RECIFE (PE); ESCOLA DE BELAS ARTES DE PERNAMBUCO, “MOSTRA DOS CONCLUINTES”, RECIFE (PE); ESCOLA DE RELAÇÕES PÚBLICAS, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); CLUBE LÍBANO, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1971: ETFP- ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE PERNAMBUCO, “II MOSTRA DE ARTE”, PRÊMIO DE 1º LUGAR EM PINTURA, RECIFE (PE) 1972: BIBLIOTECA PÚBLICA PRES. CASTELO BRANCO, “MOSTRA DE ARTE- SESQUICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA”, PRÊMIO: MEDALHA DE OURO, RECIFE (PE); RESIDÊNCIA DE JOACHIM VOGUE (CONSUL GERAL DA ALEMANHA), “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, RECIFE (PE); INSTITUTO CULTURAL BRASIL ALEMANHA, “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, SALVADOR (BA); FORMIPLAC NORDESTE S/A, “FORMIPLAC & ARTE”, PAULISTA (PE) 1973: BOATE CHANTECLAIR, “I EXPOSIÇAO DE ARTE”, RECIFE (PE); GALERIA NEGA FULÔ, “INAUGURAÇÃO CASARÃO 4 CANTOS”, RECIFE (PE) 1977: LIVRO 7, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); INSTITUTO CULTURAL BRASIL ALEMANHA, “MOSTRA COLETIVA”, SALVADOR (BA) 1979: MEPE, “XXXII SALÃO OFICIAL DE ARTE”, RECIFE (PE); HOTEL MIRAMAR, “FRANCISCO NEVES, PETRÚCIO NAZARENO E SÍLVIO MALINCONICO”, RECIFE (PE); CHESF, “MOSTRA COLETIVA” (promovida pelas domadoras do Lions Club), PAULO AFONSO (PE) 1980: SALA TÉLLES JUNIOR / CASA DA CULTURA, “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, RECIFE, (PE); GALERIA ARTE 4, “I EXPOSIÇÃO DE MINI-QUADROS”, RECIFE (PE); PREFEITURA MUNICIPAL DO CABO, “I FESTIVAL DE ARTE”, CABO, (PE); MEPE, “XXXIII SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE PERNAMBUCO”, RECIFE (PE) 1981: MEPE, “XXXIV SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE PERNAMBUCO”,

PRÊMIO: TAQUARITINGA DO NORTE, RECIFE (PE); OFICINA 154, “GERAÇÃO 65 – PINTURA & POESIA”, OLINDA (PE); GLAUCO- RESTAURANTE NATURAL, “UMA EXPOSIÇÃO SEM REGIME”, RECIFE (PE); GALERIA FANDANGO, “CONSÓRCIO DE PINTURAS – junto com PALHANO, FREDERICO E APRIGIO”, OLINDA (PE); CIDADE DO RECIFE (NAS RUAS), “I EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE ART-DOOR”, RECIFE (PE); MAM/BA, “I ENCONTRO DE ARTISTAS PLÁSTICOS DO NORDESTE”, SALVADOR (BA); GALERIA DE ARTE LULA CARDOSO AYRES /PCR, “PANORÂMICA DA ARTE ATUAL EM PERNAMBUCO”, RECIFE (PE) 1982: MEPE, “XXXV SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE PERNAMBUCO”, PRÊMIO: SOUZA CRUZ, RECIFE (PE); GALERIA DE ARTE LULA CARDOSO AYRES, “I SALÃO DE ARTE DA CIDADE DO RECIFE”, PRÊMIO AQUISITIVO: TRÍPITICO “AS CARTAS DO TARÔ”, RECIFE (PE); ARTE NOSSA IMOBILIÁRIA- SALA DE ARTE, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); ASBAC-ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO BANCO CENTRAL, BRASÍLIA (DF); P.C.R. – CIDADE DO RECIFE (NAS RUAS), “II EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE ART-DOOR”, RECIFE (PE); ASSOCIAÇÃO FLUMINENSE DE BELAS ARTES, “LEILÃO DE ARTES- TERRAS DE NINGUÉM”, RIO DE JANEIRO (RJ) 1983: MEPE/ CCPE, “XXXVI SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE PERNAMBUCO”, OLINDA (PE); CELPE, “I SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS”, RECIFE (PE); OÁSIS CLUBE DE BELÉM, “EXPO 1ª ARTE BELÉM DE SÃO FRANCISCO”, BELÉM DE SÃO FRANCISCO (PE) 1984: PALÁCIO DO CAMPO DAS PRINCESAS, “I LEILÃO DE ARTES PLÁSTICAS DA CRUZADA DE AÇÃO SOCIAL”, RECIFE (PE) 1985: CABANGA IATE CLUBE, “COMEMORAÇÃO AOS 38 ANOS”, RECIFE (PE); BANCO ITAÚ/ AAPP-PE, “ARTE EM TAPUME”, RECIFE (PE) 1986: GALERIA DE ARTE LULA CARDOSO AYRES, “CAPAS PERNAMBUCANAS”, RECIFE (PE) 1989: HERING NORDESTE S/A., “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); TECANOR S/A., “MOSTRA COLETIVA”, PAULISTA (PE) 1995: AABB, “NOITE CULTURAL- 56 ANOS ABB-RECIFE”, RECIFE (PE) 1998: CASAS DA CIDADANIA ESPAÇO ARTE, “COLETIVA DE PINTURA”, OLINDA (PE); ESPAÇO DE ARTE FRANS POST, “MOSTRA COLETIVA”, OLINDA (PE) .
ILUSTRAÇÕES:  LIVRO DE OLINDA – POESIA – JACY BEZERRA – EDIÇÕES PIRATA  POEMAS DE ASCENSO FERREIRA – NORDESTAL – EDITORA RECIFE  NO LIMBO DAS INVERDADES – PROSA – EVALDO DONATO – EDIÇÕES PIRATA  ANATOMIA DO BAIXA RENDA – ENSAIO – PAULO CALDAS – EDIÇÕES PIRATA  ERA UMA VEZ UM QUINTAL – INFANTIL – PAULO CALDAS – EDIÇÕES PIRATA

BIBLIOGRAFIA
Rodrigues Galeria de Artes. Setor de Pesquisa – Arquivo, Recife, 1999.
Cadastro Arte Maior de Pernambuco. Editora Brasileira de Guias Especiais, Recife, 1994 = V.1 P.155
Cláudio da Silva, José. Artistas de Pernambuco. Governo do Estado de Pernambuco, 1982.
Grupo X. Catálogo Pernambucano de Arte. Grupo X Promoções e Empreendimentos Artísticos Ltda., Recife, 1987.

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