Thina Cunha (USA)

CHRISTINA MARIA PIMENTEL VIEIRA DA CUNHA
Assina: Thina Cunha ERIE, PENNSYLVÂNIA, U.S.A., 21/03/1953.
ESCULTORA E PINTORA

Sempre houve em Thina um amor latente pelas artes plásticas que vem assumir como escultora em 1974, quando faz o curso Livre de Cerâmica e Escultura em Louisiania / EUA.

Em 1985, integra-se a um grupo de escultores fundado pelo artista Cavani Rosas, situado no antigo bairro Poço da Panela, de Casa Forte, no Recife/ PE. Em 1987, faz o curso de Iniciação de Desenho e Pintura na Escola de Belas Artes de Pernambuco e, em 1988, o curso de Desenho e Técnica da Pintura no Museu Militar do Forte do Brum – Recife/PE.

Em 1989, faz um curso de Formação Técnica – Escultura e Formas, no Atelier do Poço, em Recife/PE.

Em 1991, ministra um curso de Técnica de Iniciação a Escultura no Espaço Cultural Ária, em Jaboatão dos Guararapes/ PE. Fez inúmeras exposições no Brasil e no exterior.

Na exposição individual no Escritório de Arte da Bahia, em 1993, Justino Marinho, escreveu: “O trabalho de escultura realizado por Thina Cunha, tem na figura humana a sua motivação maior.

A preocupação da artista não é simplesmente reproduzir corpos e rostos, ela busca novas formas para representar e sentir o ser humano. São figuras cheias de emoção, esculpidas em materiais difíceis, como o alumínio, o vidro e a resina que atestam à sensibilidade e a competência técnica da escultora. Desde a primeira vez que expôs em Salvador, há dois anos atrás, o trabalho de Thina despertou o interesse de todos aqueles que tiveram a oportunidade de apreciá-lo.

Agora, ele está de volta, mostrando um progresso evidente e descobertas arrojadas. Também, como grande e boa surpresa, Thina Cunha traz uma série de pinturas, realizadas com técnica mista e alguns relevos. À primeira vista, pode parecer que não existe uma afinidade entre as esculturas e as pinturas da artista. Mas, logo pode ser percebido que o parentesco é extremamente próximo. Das texturas utilizadas nas esculturas é que as pinturas foram geradas.
Na verdade, elas são complemento uma da outra. Para compensar as cores frias e quase inexistentes da escultura, Thina usa cores fortes e vibrantes nas suas telas. A carga emotiva dos rostos e dos gestos das figuras esculpidas aparece na pintura, através das texturas e das cores. Nos relevos, a força emotiva fica totalmente por conta da abstração que, em espaços vazados, reúne materiais diversos, deixando a imaginação do expectador, fluir livremente, percebendo inclusive, que ter coerência não significa fazer sempre a mesma coisa”. (…)

Segundo Raul Córdoba, “A arte de Thina Cunha resulta de uma incessante atividade de busca material, manualidade intensa, experimentação técnica, articulação mental e expressão poética. Para ela, que desde há muito não se enquadra nas categorias estéticas e gosto acadêmico, o processo de trabalho é parte integrante da obra, é vivência artística pura. Há algum tempo, quando aprendeu a fundir artesanalmente o alumínio, sua arte passou para o lado esquerdo, o lado do coração, do centro da vida, onde floresce a arte do ponto de vista dos artistas.
Refiro-me a uma arte que não é a do fazer, o craft, o artesanato, mas a do criar, à de dar a luz novas realidades. E ela cria sua arte com a expressão exata da matéria que utiliza. Sua obra recente, quase acromática, flutua entre brancos, cinzas, negros e aluminados. Por isso uma aura de sobriedade, dentro da exuberância formal, assimétrica e barroca, envolve os seus novos objetos”. (…)

INDIVIDUAIS: 1990: ATELIER DO POÇO, “ESCULTURA E PINTURA”, RECIFE (PE) 1991: N.R. GALERIA – SHOPPING IGUATEMI, SALVADOR (BA) 1992: DUAILIBE GALERIA, FORTALEZA (CE) 1993: ESPAÇO OVER POINT, “ESCULTURA E PINTURA” RECIFE (PE); ESCRITÓRIO DE ARTE DA BAHIA, “PINTURAS/ESCULTURAS”, SALVADOR (BA) 1994: ARCÁDIA, “MULHER E MULHERES”, RECIFE (PE); SHOPPING CENTER RECIFE, “SEMANA DA MULHER”, RECIFE (PE); MAM – MUSEU DE ARTE MODERNA, “PROJETO CULTURAL SANTO ANTÔNIO”, SALVADOR (BA); BIENAL DE ARQUITETURA DE FORTALEZA (CE) 1996: PLÊIADE GALERIA DE ARTES, “ESCULTURA DA TELA”, RECIFE (PE) 1999: ÁRIA GALERIA DE ARTE, “IMAGINÁRIO MATERIAL”, JAB.GUARARAPES (PE).

COLETIVAS: 1989: MEPE, “SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE PERNAMBUCO – EDIÇÃO 89”, RECIFE (PE) 1990: GALERIA LULA CARDOSO AYRES, “MOSTRA DE ESCULTURAS PERNAMBUCANAS”, RECIFE (PE) 1991: BANCO DO BRASIL, “COLETIVA DE ESCULTORES”, RECIFE (PE); PROJETO ESCULTURAS NA PRAÇA, “PRAÇA DO DERBY”, RECIFE (PE) 1992: BANCO DO BRASIL, “EXPOSIÇÃO NA COOPERATIVA”, RECIFE (PE); ESCRITÓRIO DE ARTE CAPUNGA, “COLETIVA”, RECIFE (PE); MEPE, “SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE PERNAMBUCO – EDIÇÃO 92”, RECIFE (PE) 1993: MONTE HOTÉIS, “LEILÃO DE ARTE”, RECIFE (PE); CENTRO ADMINISTRATIVO BANORTE / CERÂMICA SANTO ANTÔNIO, “CERÂMICAS”, RECIFE (PE) 1995: MAC/PE, “PROJETO REVISÃO”, OLINDA (PE) 1996: PORTAL DE GRAVATÁ, “1ª MOSTRA DE ARTE”, GAVATÁ (PE); EXIBITION GALERIA DE ARTE, “HOMENAGEM A ZAMIR CALDAS”, RECIFE (PE); RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “ARTE E LITERATURA – HOMENAGEM A 50 ANOS DA ALIANÇA FRANCÊSA”, RECIFE (PE); GALERIA ARTESPAÇO, “PROJETO UMBRAL”, RECIFE (PE) 1997: RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “TRAÇO E VOLUME” e “AUGUSTO RODRIGUES – SEUS AMIGOS, NOSSOS ARTISTAS”, RECIFE (PE); MEPE, “VERÃO ENERGIA TOTAL”, RECIFE (PE), RECIFE (PE); ATELIER ANA VELOZO, “MERCADO, PÉ DE VENTO”, RECIFE (PE); ATELIER DE FÁTIMA PAES E TEREZA LUCENA, “I MOSTRA AO AR LIVRE”, RECIFE (PE); EXIBITION GALERIA DE ARTE, “ARTE/MULHER- DUAS GERAÇÕES”, RECIFE (PE); GALERIA ARTESPAÇO, “COLETIVA DE DEZEMBRO”, RECIFE (PE) 1998: ESPAÇO CULTURAL BANDEPE, “ENTRUDO”, RECIFE (PE); SHOPPING GUARARAPES, “MOVA – MOVIMENTO DA VALORIZAÇÃO DA ARTE”, JAB.GUARARAPES (PE). 2022: XXI EXPO DE ARTES DO IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira) / FAF (Fundação Alice Figueira); MUSEU DO ESTADO DE PERNAMBUCO, Recife (PE)

BIBLIOGRAFIA
CATÁLOGOS. Rodrigues Galeria de Artes. Arquivo de Pesquisa e Consulta, Recife, PE, 1999.
d’OLIVEIRA, Fernanda. Diário de Pernambuco, Recife, PE, 24/09/1996.
POLO, Marco. Jornal do Commercio, Recife, PE, 03/11/1994.