Villa Chan (PE)

Villa Chan (PE)

FRANCISCO VILLA CHAN NETO
Assina: VILLA CHAN Recife, PE., 04/12/1937.
PINTOR, RESTAURADOR E DESIGN DE JOIAS.

Seus estudos em Desenho e Pintura datam de 1954, quando, teve por professora Rachel Telles, filha do grande mestre pernambucano Telles Júnior. Em 1956, viaja para a Europa realizando estudos em Galerias e Museus. Em 1958, ingressa na Escola de Belas Artes da UFPE, recebendo orientação de Lula Cardoso Ayres, Vicente e Fédora do Rego Monteiro. Seus conhecimentos no campo da arte aprimoraram-se através de uma série de cursos ministrados por excelentes professores, entre os quais Francisco Brennand, Aloísio Magalhães, Reynaldo Fonseca e Carlos Cavalcanti. Em 1959, faz o curso de História e Crítica da Arte Moderna e participa como Membro da Diretoria da Sociedade de Arte Moderna do Recife. Em 1960, ingressa como sócio do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1970, leciona Pintura para os meninos da O.A.F. Em 1984, ingressa como Membro da Diretoria da Associação dos Artistas Plásticos Profissionais de Pernambuco. Em 1985, faz um curso de Restauração em Pintura a Óleo, com o Prof. Anton Rager. Em 1986, participa do projeto “Esculturas nas Praças”, com Alex Mont’albert. Neste mesmo ano faz o curso de “Materiais de Pintura e Desenho no Brasil”, com os professores Caetano Ferrari e Olga Schevcino e os cursos de preparação de “Suportes para Pintura”, com o pintor João Câmara e “Experiência em Tinta Acrílica”, com o Prof. Joseph Perrin. Foi ainda membro do júri para escolha da capa das Listas Telefônicas do Recife (Listel) e membro do júri do III Salão de Artes do Colégio 2001. Em 1987, ocupou o cargo de membro do Conselho Municipal de Cultura da Cidade do Recife. Em 1988, ocupa a Vice-Presidência da AAPP-PE e em 1993, é escolhido como Suplente do Conselho Fiscal desta mesma associação. Em 1994, faz o curso de “restauração em pinturas a óleo”, em Florença/Itália, é eleito Membro do Conselho Consultivo da AAPP-PE e participa do evento “Pintando o Novo Recife”.

Além de haver participado de inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, Villa Chan é considerado um especialista em restauração de pinturas.

À seu respeito, em 1983, Gilberto Freyre fez a seguinte apresentação: (…) “Esse testemunho é de um pintor muito a seu modo, sobre um pintor que sabe a sua arte, quer por vocação um tanto de família – descendente do sempre mestre Telles Júnior – quer por ter estudado com os Rego Monteiro, com Lula Cardoso Ayres, com Francisco Brennand, com Aloísio Magalhães, com Reynaldo Fonseca. Outros mestres. A pintura sabe-se que não é rigorosamente uma só. É vária. Por isso Picasso variou tanto de expressões. Francisco Villa Chan fixou-se numa expressão de pintura em que se sente o vigor de disciplina conciliada com o gosto por uma tradição. Também com o gosto por cores brasileiramente tropicais. Daí o encanto com que surpreende, da velha Olinda, casas antigas entre verdes sempre jovens. Sabe fazer vibrar, nas suas telas e através de cores, as mais expressivas, essa conciliação de tradições com paisagens”.

“Leciona pintura. Mas cada exposição sua vale por uma didática. Mas valendo por uma didática é, sobretudo, uma festa para quem a visite. Os olhos se defrontam com imagens, formas e cores que os deliciam”.

O cronista José de Souza Alencar (Alex) escreveu: “… Em todo esse conjunto um aspecto me parece fundamental na obra, no estilo de Villa Chan: a sua fidelidade ao traço, às pinceladas, muitas delas soltas, superpostas, para dar a continuidade, ao acabamento da tela. E também as cores com os seus azuis e brancos aparentemente contrastantes do céu e a cor forte da natureza banhada por um generoso manto de sol. O brilho desse sol tropical que proporciona contraste em árvores, campo, estradas, chão. Evolui, mas não perde as características. Viaja, vê outras terras e paisagens para pintar, mas mantém, em qualquer latitude, a essência intocada do seu estilo que é, afinal, a marca maior de um artista, a sua assinatura mais nítida”. (…)

O escritor, jornalista e poeta Mauro Mota, referenciou: (…) ”O instinto artístico vale mais do que os currículos das escolas de belas-artes e estes nada significam sem ele. A faísca do talento é capaz de grandes iluminações. Nenhum exemplo histórico mais conhecido e ostensivo do que o de Paul Gauguin que aos trinta e cinco anos reage aos convencionalismos de emprego e família para entregar-se de corpo e alma à pintura. Faz-se um mestre universal sem mestre universal. O que isso mostra? Que o artista pode criar-se sozinho e sozinho obter as próprias criações, sem embargo da categoria. É o que sugere os quadros de Francisco Villa Chan marcados por um amor inexcedível à pintura”.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS: 1959: GALERIA LEMAC, RECIFE (PE); ASSOCIAÇÃO BRASIL-EUA, RECIFE (PE) 1982: GMAAM, RECIFE (PE) 1984: OTHON PALACE HOTEL, RECIFE (PE) 1985: ESPAÇO VILLA-CHAN (INAUGURAÇÃO), RECIFE (PE) 1987: GALERIA CEZANNE, “RECIFE NAS CORES DE VILLA CHAN”, RECIFE (PE) 1992: CLUBE PORTUGUES (SALÃO NOBRE), “PORTUGAL NAS CORES DE VILLA CHAN”, RECIFE (PE) 1994: GALERIA hERA SAGITÁRIO, 9ª EXPOSIÇÃO, “MOVIMENTO GERAL DO UNIVERSO” RECIFE 1998: ESPAÇO VILLA-CHAN, 10ª EXPOSIÇÃO, “O SERTÃO NAS CORES DE VILLA CHAN – RECIFE.

COLETIVAS: 1958: MEPE, “XVII SALÃO ANUAL DE PINTURA”, RECIFE (PE) 1959: AEROPORTO GUARARAPES, “SALÃO DO AEROPORTO”, RECIFE (PE); GABINETE PORTUGUES DE LEITURA, “COLETIVA”, RECIFE (PE); MEPE, “XVIII SALÃO ANUAL DE PINTURA”, RECIFE (PE); “I SALÃO UNIVERSITÁRIO DE ARTE MODERNA”, SALVADOR (BA); “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, SALVADOR (BA); “I E.A. DO INTERIOR”, GARANHUNS (PE); “I ENCONTRO DE ARTISTAS DO NORDESTE”, MACEIÓ (AL) 1960/61: GALERIA DE ARTE DO RECIFE, “I e II EXPOSIÇÃO COLETIVA DE ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, RECIFE (PE) 1962: CLUBE INTERNACIONAL, “I ENCONTRO DE CORAIS DO NORDESTE”, RECIFE (PE); GALERIA DE ARTE DO RECIFE, “III EXPOSIÇÃO COLETIVA DE ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, RECIFE (PE) 1971: SPORT CLUBE DO RECIFE, “COLETIVA”, RECIFE (PE) 1980: GALERIA ARTE 4, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1982: SALA DE ARTE – NOSSA IMOBILIÁRIA, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1983: GMAAM, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); GALERIA PATRIMONY, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1984: FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO, MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); GALERIA PATRIMONY, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); VILLA-CHAN JOALHEIROS (SHOPPING CENTER RECIFE), “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); GMAAM, “I MOSTRA DE ARTES PLÁSTICAS SOBRE O IMAGINÁRIO”, RECIFE (PE) 1985: GALERIA PATRIMONY, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1986: GMAAM, “PANORAMICA DAS ARTES PLÁSTICAS EM PERNAMBUCO”, RECIFE (PE); GALERIA LULA CARDOSO AYRES, “MURAL DE PROPOSTAS CONTEMPORÂNEAS”, RECIFE (PE); P.C.R.- PRAÇA DO DERBY, PRAÇA DA REPÚBLICA, PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA, PRAÇA DE CASA FORTE, “ESCULTURA NA PRAÇA”, RECIFE (PE); E.B.C.T., “ARTE POSTAL”, JOÃO PESSOA (PB); GALERIA ARTE & CIA., “COLETIVA”, GRAVATÁ (PE); GALERIA POLIARTE, “COLETIVA”, SÃO PAULO (SP) 1987: ?, “CRUZAMENTO DE MUITOS CAMINHOS”, PETROLINA (PE); GMAAM, “MÚLTIPLAS VISÕES DO RECIFE II”, RECIFE (PE); GALERIA ARTE 2, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); OFFICINA GALERIA DE ARTE, “MINI-QUADROS”, RECIFE (PE) 1988: ALIANÇA FRANCESA DO RECIFE, “A FRANÇA VISTA PELOS ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, RECIFE (PE); GALERIA ARTE 2, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); FESP, “SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS”, RECIFE (PE); ESCOLINHA DE ARTE DO RECIFE, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1989: TABLEAU ARTES PLÁSTICAS, “MOSTRA COLETIVA”, CAMPOS DO JORDÃO (SP); GALERIAS TECANOR E HERING NORDESTE, “MOSTRA COLETIVA”, PAULISTA (PE); CLUBE DAS ÁGUIAS, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); FÁTIMA’S ARTE, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1990: GALERIA TENDA, PETROLINA (PE); MUSEU FORTE DO BRUM, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); SOCIEDADE CULTURAL BRASIL-EUA, RECIFE (PE) 1991: HOTEL MERIDIEN, “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, PORTO (PORTUGAL); CONVENTO DO CARMO, “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, VILA DO CONDE (PORTUGAL) 1992: MUSEU MURILLO LA GRECA; “AS CORES E OS ARTISTAS NO CARNAVAL DO RECIFE”, RECIFE (PE); GMAAM, “AMOR E ARTE”, RECIFE (PE) 1993: METROREC, “ARTE NO METRÔ”, RECIFE (PE); RESTAURANTE BISTRÔ 366, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); RECIFE MONTE HOTEL, “SALÃO ATLANTIS”, RECIFE (PE); PCR – MATADOURO DE PEIXINHOS, “QUARENTA ARTISTAS CONVIDADOS”, RECIFE (PE); HOTEL SHERATON, “CUMPLICIDADES – III EXPOSIÇÃO DE ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, PORTO (PORTUGAL); GALERIA PATRYMONY, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); BIBLIOTECA PÚBLICA DE ALDEIA, “MOSTRA COLETIVA”, CAMARAGIBE (PE); UFPE, “1ª EXPOCIÊNCIA”, RECIFE (PE); MUSEU MURILLO LA GRECA, “EXPRESSÕES ARTÍSTICAS DO RECIFE”, RECIFE (PE) 1994: ESPAÇO CULTURAL BANDEPE, “MINI-QUADROS”, RECIFE (PE) 1995: ASSOCIAÇÃO LATINO AMÉRICA E DO CARIBE DE ARTECORREIO, “ARTE POSTAL”, BUENOS AIRES (ARGENTINA); MEPE, “ICONOGRAFIA DO CANGAÇO RECIFE (PE); RAIZES DA ARTE, “EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE ARTE POSTAL”, JUNDIAÍ – SÃO PAULO (SP); GALERIA BAOBÁ/ FUNDAJ, “AS CORES DO CARNAVAL”, RECIFE (PE); MUSEU MURILLO LA GRECA, “ANJOS E NATUREZA”, RECIFE (PE); PARTICIPA DO EVENTO, “PINTANDO A FREVIOCA”, RECIFE (PE) 1997: CABARET KALESA, “NOITE DA PERNAMBUCANIDADE”, RIO DE JANEIRO (RJ) 1998: MAR HOTEL, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE); ATELIER DO PINTOR FERREIRA, “MOSTRA COLETIVA”, RECIFE (PE) 1999: AAPP/PE, “RECIFE AURORA DAS ARTES” – RECIFE (PE).

ACERVOS: Nas seguintes instituições: GALERIA METROPOLITANA DE ARTE ALOÍSIO MAGALHÃES (Hoje: MAMAM-MUSEU DE ARTE MODERNA ALOÍSIO MAGALHÃES) (1983), RECIFE (PE); FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO (1983), RECIFE (PE); ACADEMIA PERNAMBUCANA DE LETRAS (1985), RECIFE (PE); MUSEU MILITAR FORTE DO BRUM (1988), RECIFE (PE); MUSEU DA CIDADE DO RECIFE (1989), RECIFE (PE); MUSEU MURILLO LA GRECA (1993), RECIFE (PE); MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA, AMERICANA (SP).

BIBLIOGRAFIA

Grupo X. Catálogo Pernambucano de Arte. Grupo X Prom. e Empreendimentos Artísticos Ltda., Recife, 1987.

Louzada, Julio. Artes Plásticas Brasil-seu mercado, seus leilões. Julio Louzada Participações, São Paulo, V.5, p.1110.

Lyra, Paulo. Brasil/Arte do Nordeste. Spala Editora Ltda., Rio de Janeiro, 1986.

Rodrigues Galeria de Artes. Arquivo de Pesquisa. Catálogos e Documentos, Recife, 1987.

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