Wilton de Souza (PE)

Wilton de Souza (PE)

WILTON ANDRADE DE SOUZA
Assina: Wilton de Souza Recife, PE, 27/06/1933 – 08/03/2020+
DESENHISTA, ESCRITOR, GRAVADOR, PINTOR, CRÍTICO DE ARTE E TAPECEIRO.

Wilton de Souza, aos 87 anos. Nascido em Recife, deixou um legado de mais de mil obras espalhadas não só por Pernambuco como também por países como França, Itália, Estados Unidos, Argentina e Holanda.

Foi criador de espaços como o Ateliê Coletivo, além de ter dirigido a Galeria Metropolitana de Arte Aloísio Magalhães e o Museu Murilo LaGreca.

Foi, ainda, vice-presidente da Escolinha de Arte do Recife, era membro da Academia de Artes e Letras no Recife, da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro, academia de música de Pernambuco.

Em 1948 ingressou na Sociedade de Arte Moderna do Recife – SAMR.

Em 1952 participa como um dos fundadores do Atelier Coletivo, com Abelardo da Hora, Wellington Virgolino, Gilvan Samico, Ionaldo Andrade, entre outros, fazendo nessa época, cursos de Pintura e Desenho com Reynaldo Fonseca, Abelardo da Hora e Darel Valença. No mesmo ano foi um dos fundadores do Clube da Gravura do Recife, com os mesmos artistas integrados ao Atelier Coletivo, tendo em 1957, uma de suas gravuras selecionadas ao lado de Corbiniano e Wellington Virgolino para o álbum “Gravuras”, editado pelo referido clube.

Em 1959 foi agraciado pelo Teatro de Amadores de Caruaru com o prêmio O Vaqueiro, como melhor cenógrafo do ano pelos cenários da peça “Do mundo nada se leva”.

Em 1963 foi premiado como “Melhor Cenógrafo” pela Associação dos Cronistas Teatrais de Pernambuco, pelo cenário da peça “Da Lapinha ao Pastoril”, de autoria de José Mendonça, montada pelo MCP no Teatro Santa Isabel. Neste mesmo ano, recebeu o Troféu “Destaque nas Artes Plásticas”, na VI Festa dos Destaques, coordenada pela colunista Inah Torres na cidade de Petrolina – PE. Manteve durante muito tempo coluna especializada no Jornal do Commercio, Correio do Povo, Última Hora e Diário de Pernambuco.

Em 1964 foi eleito presidente da Sociedade de Arte Moderna e do Clube da Gravura do Recife.

De 1971 a 1986, atuou como membro fundador do Conselho Municipal de Cultura do Recife e em 1976, da Academia de Artes e Letras de Pernambuco. Colaborou como orientador artístico, da revista Edições Cadernos Culturais.

Em 1978 participa como membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro e em 1980, profere uma palestra na Rodrigues Galeria de Artes sobre a técnica do mestre Murillo La Greca.

Em 1981, ocupa a função de assessor de artes plásticas da Fundação de Cultura da Cidade do Recife.

Em 1982 ocupou o cargo de chefe da divisão de artes plásticas da Fundação de Cultura da Cidade do Recife.

Em 1985, recebe o título de Comendador da Ordem do Mérito Capibaribe do Recife e, no mesmo ano, a medalha, Amigo do Teatro Santa Isabel. No ano seguinte, recebe a medalha concedida pelo Caxangá Ágape.

De 1981 até 1987, atuou como diretor da Galeria Metropolitana de Arte Aloísio Magalhães – GMAAM. De 1987 a 1996, assumiu a direção do Museu Murillo La Greca.

Em 1989, a Academia de Artes e Letras de Pernambuco lhe concede a medalha “Bispo Azeredo Coutinho”.

Entre 1996 a 1997 volta a assumir a direção da Galeria Metropolitana de Arte Aloísio Magalhães – GMAAM. Em 1997, depois de uma reforma, a Galeria Metropolitana muda o nome para Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – MAMAM, onde assume o cargo de diretor administrativo. Neste mesmo ano, recebe o “Prêmio Valdeci Serrano”, concedido pela ABRAJET (Associação Brasileira de Escritores, Jornalistas e Turismo).

Em 1998 é agraciado com o diploma cultural Lula Cardoso Ayres, pelo Conselho Estadual de Cultura, pela destacada contribuição à cultura pernambucana.

Maria Graziela Peregrino registrou: “Falar da Arte de Wilton de Souza é colocar em destaque a sua paixão pelo desenho. Paixão um tanto romântica, que se iniciara na sua adolescência, quando, de forma bastante ingênua e sentimental, gostava de reproduzir, no seu traço ainda tateante e cauteloso, as cenas de Carnaval e das festas populares de Pernambuco.
Como adolescente e inquieto, à procura dos caminhos da arte, andou observando e, mais do que isso, intuindo a vida social, através da cultura popular, na qual, como ainda hoje, vive mergulhado, envolvido em suas raízes atávicas.
O Carnaval – através dos movimentos inesperados e ritmados dos maracatus, dos frevos e dos caboclinhos – desde cedo alimentou a sua paixão pelo desenho figurativo, de tal maneira que, até hoje, decorridos vários anos e várias fases de sua expressão plástica, ainda é um tema que o fascina completamente”.
“Depois das experiências fecundas do Atelier Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife (1952), das exposições individuais e coletivas, da participação diversa em grupos de criação artística, ainda é a temática ligada às raízes do folclore nordestino que impressiona e impulsiona os trabalhos de desenhos, pintura, monotipia, guache, aquarela e óleo, que Wilton de Souza vem elaborando, com os mesmos propósitos de um artista ligado aos valores locais” (…).

Mário Schemberg referiu-se à sua pintura escrevendo: “Wilton de Souza foi muito feliz na captação das imagens das festas populares do pastoril, do xangô, do bumba-meu-boi, do carnaval, e na elaboração artística que, através de uma destilação ´sui generis`, nos revela essência do dado vivencial.
As suas imagens do velho Recife e de cenas de feira etc., nos transmitem a impressão de um mundo em via de transformação e desaparecimento, num tempo nostálgico de muita poesia”.

Dia 20/06/2017 Aconteceu no MAMAM (Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhaes) sua derradeira exposição de artes em homenagem a sua trajetória artística.   Patrimônio vivo da instituição, Seu Wilton, como é conhecido, foi o primeiro diretor do museu, de 1981 a 1987, quando o espaço ainda se chamava Galeria Metropolitana de Arte do Recife.

INDIVIDUAIS: 1958: GALERIA LEMAC, RECIFE (PE) 1963: GALERIA DE ARTE DO RECIFE, RECIFE (PE) 1964: MUSEU DE ARTE MODERNA, SALVADOR (BA) 1965: GALERIA BELA AURORA, RECIFE (PE); TEATRO POPULAR DO NORDESTE, RECIFE (PE) 1972: GALERIA DEGRAU, RECIFE (PE) 1976: GALERIA DE ARTE PEDRO AMÉRICO, JOÃO PESSOA (PB) 1977: SCALLA GALERIA DE ARTE, PETROLINA (PE) 1980: SALA TELLES JÚNIOR / CASA DA CULTURA, RECIFE (PE) 1982: BIBLIOTECA CÂMARA CASCUDO, NATAL (RN) 1983: CENTRO DE ARTE DA UFPE, RECIFE (PE); GALERIA METROPOLITANA DE ARTE ALOÍSIO MAGALHÃES, RECIFE (PE) 1984: PATRIMONY GALERIA DE ARTE, RECIFE (PE) 1985: PATRIMONY GALERIA DE ARTE, RECIFE (PE) 1986: GALERIA LULA CARDOSO AYRES (SALA ESPECIAL), “CAPAS DE LIVROS E DISCOS”, RECIFE (PE) 1988: ESCOLINHA DE ARTE DO RECIFE, RECIFE (PE); ACRE GALERIA DE ARTE, RECIFE (PE) 1989: ACRE GALERIA DE ARTE, RECIFE (PE) 1990: ACRE GALERIA DE ARTE, “DUPLA COM LUIZ NOTARI”, RECIFE (PE).

COLETIVAS: 1951: MEPE, “X SALÃO ANUAL DE PINTURA”, MENÇÃO HONROSA, RECIFE (PE) 1952: MUSEU HISTÓRICO DA BAHIA, SALVADOR (BA) 1953: BIBLIOTECA INFANTIL DE SÃO PAULO, SÃO PAULO (SP); MEPE, “XII SALÃO ANUAL DE PINTURA”, MENÇÃO HONROSA (escultura e desenho), RECIFE (PE) 1954: “1º CONGRESSO DE INTELECTUAIS”, GOIÂNIA (GO); MEPE, “XIII SALÃO ANUAL DE PINTURA”, MENÇÃO HONROSA, RECIFE (PE) 1955: CLUBE DA GRAVURA DE PORTO ALEGRE, “GRAVURAS BRASILEIRAS”, (PORTO ALEGRE (RS) e OITO PAÍSES DA EUROPA, ÁSIA E ÁFRICA) 1963: SOLAR DO UNHÃO, “CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA”, SALVADOR (BA); GALERIA OCA, “ARTISTAS BRASILEIROS”, SÃO PAULO (SP) 1965: GALERIA ROZEMBLIT, “ARTISTAS DO RECIFE”, RECIFE (PE); SEMINÁRIO DE OLINDA / ACF – RECIFE E CANADÁ, “FEIRA DE ARTE”, OLINDA (PE) 1966: MAM/BA, “I BIENAL DE ARTES PLÁSTICAS”, SALVADOR (BA) 1967: GALERIA O SOBRADO 7, “EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS” (Doação ao Museu de Artes das Alagoas), OLINDA (PE) 1968: TEATRO SANTA ISABEL/ DEC-PMR, “PINTORES PERNAMBUCANOS”, RECIFE (PE); GALERIA OCA, “ARTISTAS BRASILEIROS”, SÃO PAULO (SP) 1969: GALERIA TRÊS MOEDAS, “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, RECIFE (PE) 1970: PAVILHÃO DA FECIN, “PRÉ-BIENAL DO NORDESTE”, RECIFE (PE) 1971: RANULPHO GALERIA DE ARTE, “ARTISTAS BRASILEIROS”, RECIFE (PE) 1972: RANULPHO GALERIA DE ARTE, “80 MINIS QUADROS”, RECIFE (PE) 1973: GALERIA BELA AURORA, “COLETIVA DE ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, RECIFE (PE) 1974: RANULPHO GALERIA DE ARTE, “COLETIVA DE VERÃO”, RECIFE (PE) 1975: HOTEL MERIDIEN, “PERNAMBUCO HOJE”, RIO DE JANEIRO (RJ); MUSEU DE ARTE DA UNIVERSIDADE DE ATLANTA, “EXHIBITION OF PERNAMBUCO ARTISTS”, GEORGIA (USA) 1976: RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “COLETIVA DE INAUGURAÇÃO”, RECIFE (PE) 1977: GALERIA ART-KASA, SÃO LUIZ (MA); TEATRO E GALERIA 7 DE SETEMBRO, TERESINA (PI); RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “ARTE BRASILEIRA NO NORDESTE – LEILÃO I”, RECIFE (PE); SENDER GALERIA DE ARTE, “COLETIVA 77”, RECIFE (PE) 1978: SCALLA GALERIA DE ARTE, “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, PETROLINA (PE); GALERIA AMBIENTAL, MACEIÓ (AL); EUCATEXPO GALERIA DE ARTE, BRASÍLIA (DF); GALERIA HORÁCIO HORA / promoção da Rodrigues Galeria de Artes, “PINTORES BRASILEIROS”, ARACAJU (SE) 1979: RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “MÓDULO 14”, RECIFE (PE); GALERIA ITINERÁRIO/HOTEL JANGADEIRO, RECIFE (PE) 1981: GALERIA LULA CARDOSO AYRES, “PANORAMA DA ARTE ATUAL EM PERNAMBUCO”, RECIFE (PE); GALERIA LE DÔME, SALVADOR (BA) 1983: GMAAM, “ARTISTAS DO RECIFE”, RECIFE (PE) 1984: FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO, “TRADIÇÃO E RUPTURA-SÍNTESE DA ARTE BRASILEIRA DESDE A ÉPOCA CABRALIBA ATÉ 1975”, SÃO PAULO (SP) 1991: HOTEL LE MERIDIEN, PORTO (PORTUGAL); CONVENTO DO CARMO, VILA DO CONDE (PORTUGAL); RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “DESENHOS E GRAVURAS DE MESTRES E CONTEMPORÂNEOS”, RECIFE (PE) 1992: HOTEL VERMAR, PÓVOA DO VARZIM (PORTUGAL); RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “HOMENAGEM AO RECIFE”, RECIFE (PE); CLUBE PORTUGUÊS, promoção da Rodrigues Galeria de Artes e apoio da Associação dos Amigos do Porto, “PANORAMICA DE NATAL”, RECIFE (PE) 1993: RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “RECIFE NA DÉCADA DE 30”, RECIFE (PE) 1994: PINACOTECA DE SÃO PAULO, “OS CLUBES DA GRAVURA DO BRASIL”, SÃO PAULO (SP).DIVERSAS EXPOSICOES NA RODRIGUES GALERIA entre 1995 e 2010.

2000 – Recife PE – “Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam, no Mamam.”

Rodrigues Galeria de Artes. Setor de Pesquisa – Arquivo, Recife, 2020.

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