Exposição de Wilton de Souza revela a cultura e paisagens do Recife
Memória viva do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães apresenta seu trabalho nesta terça-feira na instituição
Por: Carol Botelho, da Folha de Pernambuco em 19/06/17 às 08H10, atualizado em 16/06/17 às 19H5
O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) inaugura mostra do pintor, gravador e cronista de arte Wilton de Souza, 84 anos. Patrimônio vivo da instituição, Seu Wilton, como é conhecido, foi o primeiro diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), de 1981 a 1987, quando o espaço ainda se chamava Galeria Metropolitana de Arte do Recife.
Foi ele, portanto, o grande responsável pela formação da primeira década da coleção do Mamam. Entre idas e vindas, continua por lá, onde exerce a função de gerente de acervo.
Na mostra desta terça-feira (20), telas figurativas revelam a memória familiar do artista, a cultura popular e as paisagens do Recife – especificamente a ilha do Bairro do Recife. Ilustrador do jornal Folha da Manhã, em 1951, trabalhou também em outros periódicos pernambucanos como jornalista, no tempo em que não havia curso formal para a profissão, muito menos crítica de arte. “Escrevi sobre arte. Não como crítico, mas como noticiarista”, conta Wilton.
Nos tempos em que não existia designer, Wilton era chamado de ‘desenhista de propaganda’, e fez várias capas de discos e livros da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), chegando a ganhar prêmios como ‘capista’. “Fui um dos primeiros decoradores do Recife. Fazia exposições na Galeria Rozemblit, que eu criei, dentro da antiga e famosa loja de discos de José Rozemblit, que depois passou a se chamar Bela Aurora. Além de artista e incentivador da arte, Wilton é memória viva da Cidade do Recife.