O Grupo dos Independentes é um ensaio sobre a Arte Pernambucana do Recife na década de trinta, sob forte influência francesa. Os caminhos percorridos pelos Independentes foram norteados pelos precursores (Vicente do Rego Monteiro, Cícero Dias e Lula Cardoso Ayres), numa ação coletiva marcando uma ruptura com a arte tradicional.
A cidade do Recife tradicional e romântica sediou os primeiros Salões de Arte Moderna (I e II Salões dos Independentes), integrando-se ao grupo fundador da Escola de Belas Artes. Os Independentes obtiveram apoio de industriais locais (Grupo Othon Bezerra de Mello) e, paradoxalmente também do Interventor de Pernambuco Carlos de Lima Cavalcanti, num Brasil presidido por Getúlio Vargas.
Os Independentes Augusto Rodrigues, Bibiano Silva, Carlos de Hollanda, Danilo Ramires, Elezier Xavier, Francisco Lauria, Hélio Feijó, Luiz Soares, Manoel Bandeira, Nestor Silva e Percy Lau, desenhando nos jornais, organizando e participando de exposições particulares de pintura – Salões dos Independentes, Congresso Afro-Brasileiro, Sociedade de Arte Moderna (retrospectivas), e, em São Paulo (Tradição e Ruptura) – , deixaram, como patrimônio cultural para a humanidade, o papel renovador do Recife na atualização da arte brasileira. Dessa atualização, frutificariam as escolinhas de arte e educação, num processo que provaria a genialidade desses artistas sábios, confirmada por uma realidade de êxito. A arte pernambucana moderna do Recife foi, assim, o reflexo da sua cidade, das relações sociais do seu povo, da sua cultura e, principalmente, da importância da metrópole que emergia como um dos maiores centros culturais da época. Testemunha participante dessa história, Elezier Xavier, o mestre documentalista, o grande artista modernista do grupo dos Independentes fez ver a autora um Recife que, mesmo sob forte influência francesa, não esqueceria suas maneiras de ser, de pensar e de saber.
I.S.B.N: 978-85-908474-0-3
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