Paulo Neves (PE)

Paulo Neves (PE)

PAULO JOSÉ NEVES DE OLIVEIRA
Assina: P. Neves Ou Paulo Neves Paudalho, PE, 07/01/1935 – Recife, PE, 04/09/1997.
PINTOR, GRAVADOR E PESQUISADOR DE ARTE.

Ativo nas cidades do Recife e Olinda pintou como autodidata até 1957, ingressando no ano seguinte na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco, fazendo o Curso de Cerâmica e Azulejos.
Fez ainda os cursos de Pintura e Arte Barroca, na Escola de Belas Artes de Pernambuco, em Recife e no Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, em Olinda, respectivamente. Com referência ao seu trabalho de pesquisa, dirige-se em particular à telas da pintura holandesa dos séculos XVI e XVII, e peças de cerâmica pintadas com esmaltes e cristais.

Pietro Maria Bardi (Diretor do MASP), documentou: (…) ”um pintor de vocação romântica… firme no seu propósito de comunicar romanticamente”.

O crítico Alberto Beuttemuller, escreveu: (…) “Neves está interessado em repor algumas verdades esquecidas pelo tempo, criando para isso um novo espaço de reflexão. Esta sua maneira de retroagir com seu pincel a um outrora, obriga-nos a refletir, profundamente, acerca da nossa vida atual”.

José de Souza Alencar (Alex) publicou: (…) “Paulo Neves é um pintor pernambucano dos nossos dias. Tem mais de 20 anos de pesquisa do traço da figura humana, o seu grande tema. E ao conceber a figura, ele se distancia no tempo, preferindo a influência, como tanto outros artistas, mas nunca a imitação, dos detalhes, da riqueza de expressão do período renascentista, o mais rico, livre, criativo, renovador da arte universal”.

Jomar Muniz de Britto fez a seguinte crítica: (…) “Os seus quadros poderiam, para a verdade da fantasia, se constituir num painel único, tamanha a integração que existe entre eles. Um em todos. O mesmo em múltiplos. A identidade nas mais diversas concretizações.
Integração sem repetição. Inter-relacionamento sem empobrecimento. Interdependência sem redundância. Painel a-espacial e a-temporal, desde que Paulo Neves faz questão, em suas pinturas, de não se contaminar com as limitações do contexto, com as grades do cotidiano, com as amarras do real-imediato”.

“Em contrapartida a esse oásis de beleza, transpira-se um clima de quase maldição pairando sobre o mundo colocado entre parênteses.
Em contraponto a serenidade de um casal, dialogando surdamente com uma ampulheta, pode-se vislumbrar a atmosfera de um céu ameaçador: os tons claros do primeiro plano quase perturbado pela escuridão celeste, a calma dos rostos contrastando com as nuvens de chumbo. Ao canto da paisagem distanciada, o contracanto das fisionomias aproximadas. Estamos no reino do quase, do talvez, do instante-eternidade: a beira de um abismo de silêncios, vazios, profundezas, infinitos, espelhos, solidões”.

INDIVIDUAIS: 1962: GALERIA DE ARTE DA PREFEITURA DO RECIFE, RECIFE (PE) 1964: GALERIA GOELDI, RIO DE JANEIRO (RJ) 1966: GALERIA ATRIUM, SÃO PAULO (SP) 1970: GALERIA VIVENDA, RECIFE (PE) 1977/1978/1979: RANULPHO GALERIA DE ARTE, RECIFE (PE) 1980: KÁTTYA GALERIA DE ARTE, SALVADOR (BA) 1982: RANULPHO GALERIA DE ARTE, RECIFE (PE) 1983: CLÁUDIO GIL STUDIO DE ARTE, RIO DE JANEIRO (RJ) 1985: GALERIA PATRIMONY, RECIFE (PE) 1993: GALERIA HERA SAGITÁRIO, RECIFE (PE).

COLETIVAS: 1959: ESCOLA DE BELAS ARTES, 1º. PRÊMIO DE DESENHO, RECIFE (PE); TEATRO UNIVERSITÁRIO DE PERNAMBUCO, 1º. PRÊMIO PARA CARTAZ, RECIFE (PE) 1960/1061/1962: ESCOLA DE BELAS ARTES, 1º. PRÊMIO DE PINTURA, PRÊMIO DE PINTURA E 1º. PRÊMIO DE PINTURA, RESPECTIVAMENTE, RECIFE (PE) 1965: GALERIA VILA RICA, 2º. PRÊMIO DE PINTURA “SÃO SEBASTIÃO”, RIO DE JANEIRO (RJ) 1966: MUSEU DA IMAGEM E DO SOM, 2º. PRÊMIO DE PINTURA “RETRATO DE CAROLINA”, RIO DE JANEIRO (RJ) 1972: MAC/PE, MENÇÃO HONROSA, OLINDA (PE); GOVERNO DA NIGÉRIA, “ARTISTAS PERNAMBUCANOS”, LAGOS (NIGÉRIA); GALERIE UN, DEUX, TROIS, “MOSTRA COLETIVA”, PARIS (FRANÇA); CASA DO ARTISTA/ P.M.I., “EXPOSIÇÃO COLETIVA”, IGARASSU (PE) 1974: MAC/PE, “I SALÃO DE ARTE GLOBAL”, PRÊMIO REDE GLOBO DE TV, OLINDA (PE) 1975: MUSEU DE ARTE DA UNIVERSIDADE DE ATLANTA, “EXHIBITION OF PERNAMBUCO ARTISTS”, GEORGIA (USA) 1978: RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “ARTE NORTE/NORDESTE”, RECIFE (PE) 1981: GALERIA VILA RICA, “COLETIVA DE MAIO”, RECIFE (PE); OFICINA 154, “GERAÇÃO 65 – PINTURA & POESIA”, OLINDA (PE) 1993/1994: RODRIGUES GALERIA DE ARTES, “RECIFE NA DÉCADA DE 30” e “RECIFE PINTURA-POESIA”, RECIFE (PE) 1994: ESPAÇO CULTURAL BANDEPE, “O PAPEL DA ARTE II”, RECIFE (PE) 1995: ATELIER 184, “COLETIVA DE NATAL”, OLINDA (PE).

BIBLIOGRAFIA
Ayala, Walmir. Dicionário de Pintores Brasileiros. Spala Editora, Rio de Janeiro, 1986, Vol.2, P.131.
Ranulpho, Galeria de Arte. Catálogo de Exposição de 25/11/77. Ranulpho/Banorte, Recife (PE).

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